segunda-feira, 12 de novembro de 2012

língua e mística

Rosário Lírico de Maria 

"(...) le coran étant la parole de dieu, il y aura chez eux identification de la langue arabe avec l'intelligence absolue (...)".
Em timbre brasileiro lato : O corão sendo a palavra de Deus, existirá entre eles identificação da língua árabe com a inteligência absoluta.
Esta identificação repete-se em toda língua sagrada como o sânscrito, o hebraico, o grego, o latim, etc.
E este potencial de identificação está presente em todas as línguas derivadas de alguma língua sagrada.
E teologicamente : Deus pode se manifestar através de qualquer língua ou linguagem, pois " o espírito sopra onde quer".
O cabalismo ibérico do zohar se irmana à tradição árabe quando sentencia : "El verbo tomó la forma de los signos del alfabeto, que emanam todos del punto supremo. La letra aleph es el símbolo del princípio y del fin; todos los escalones de la creación están sitetizados en ella".
E como em João : "no início era o verbo, e o verbo era Deus".
E também nos mil nomes da mãe divina (lalita sahasranama ) há um verso que diz que ela está presente em todas as formas das letras.
Portanto a língua e a linguagem, em sua gênese, são sagradas, e ao poeta está disponível este dever prescrito, este chamado profundo, de escrever como quem reza, como quem medita, como quem louva.

Oficina de leitura e escrita no Rio de Janeiro, em escolas, empresas, ou à domicílio. Individual ou grupo. Zona sul, barra, ilha.
guilherme.lessa@yahoo.com.br

domingo, 11 de novembro de 2012

rosário


Rosário Lírico de Maria

Uma escritura lítero - musical sagrada e mística, teológica, discipular e devocional,de ascese e contemplação, como nas tradições espirituais;

Teoria, frases, arpejos, acordes, escalas, cadências, estudos, versos, parágrafos, discursos, formas literárias e musicais, símbolos, alfabetos, línguas, etc.

Com atributos místicos, como nos ragas hindus, como nos cantos gregorianos, como nos pontos cantados de umbanda, como nos orins e orikis afro-brasileiros, como nos haikais zen budista, como nos contos sufis e nas estórias xamânicas, como nas ordens caligráficas místicas islâmicas;

Para ler, ouvir e tocar como quem reza, como quem medita, como quem serve ao altíssimo;

Aulas, shows e gravações : guilherme.lessa@yahoo.com.br

domingo, 4 de novembro de 2012

Laboratório Alquímico das Almas Trovadorescas

A presença de judeus em Espanha vindos do oriente é muito antiga. Esses judeus são conhecidos como sefardís, porque em hebraico Sefarad é como se chama a Península Ibérica. Judeus Sefaradis migraram para Portugal e Brasil no século XVI, e Gonçalves, por exemplo, é um sobrenome sefardí, sobrenome patrocínio,    derivado de um nome próprio, Gonçalo, como o santo português, padroeiro dos violeiros, inclusive no Brasil.
O Brasil é a terra mãe que acolheu e acolhe os hindus, os ciganos, os árabes, judeus, cristãos, com escala em Espanha e Portugal, no transcurso de muitos séculos. Então a transição civilizatória em curso oferece ao Brasil esta oportunidade, ser uma civilização universal, com um lastro histórico multi cultural, de tanta etnias. Um grande terreiro, onde todas as tradições do espírito rejubilam-se em plenitude.
As técnicas de tocar ponteado e rasgueado são comuns ao bandolim, ao cavaquinho, à guitarra portuguesa, á guitarra em espanha, à viola caipira no Brasil, etc. A matriz destas técnicas, entre outras, remonta ao alaúde árabe, sem traste, tocado com palheta (pena de águia, por exemplo).
A palavra troubadour, os poetas músicos franceses, deriva da palavra árabe TARAB, que pode significar inclusive arrebatamento, e este é o dever prescrito (dharma) do músico árabe, e está disponível para o músico brasileiro nesta linhagem supracitada. O arrebatamento, parafraseando um poeta árabe, é quando, diante da manifestação da sagrada beleza sublime da grande obra de arte, mesmo os pássaros, em pleno vôo, se entregam ao divino, extasiados.
Guilherme Lessa Gonçalves dos Santos : aulas, shows, gravações, música, poesia e literatura.
guilherme.lessa@yahoo.com.br

Brasílias

A língua brasileira está impregnada da beleza plástica e acústica dos léxicos árabe, africanos, tupi-guarani, etc. O potencial polissemântico dessas línguas lateja e reluz como ouro dos sábios na língua brasileira e sua cabala já é flor e fruto na poesia, no samba, na mpb, no folclore, nos terreiros afro-brasileiros. O potencial microtonal dessas línguas exorta à música das palavras na língua brasileira, que já tece seus coros (como na hierarquia celeste) nos sotaques regionais, nos falares líricos, autênticos cantos falados, em melodias de timbres vocálicos, percussões consonantais.
A força criativa evolucionária da linguagem é um atributo de Exu, que como ensina Muniz sodré, é "um princípio cosmológico da dinamicidade das trocas, da comunicação e da individualidade, (...) que no sistema nagô, outorga individualidade ao ser humano e lhe permite falar".

Laboratório Alquímico das Almas Trovadorescas
Trata-se de um projeto de pesquisa, criação e ensino conjugado de música, poesia e literatura, para os que buscam um encontro mais profundo com as linguagens. O projeto é viabilizado através de aulas particulares, palestras, oficinas, workshops e curso regular.
guilherme.lessa@yahoo.com.br