segunda-feira, 12 de novembro de 2012

língua e mística

Rosário Lírico de Maria 

"(...) le coran étant la parole de dieu, il y aura chez eux identification de la langue arabe avec l'intelligence absolue (...)".
Em timbre brasileiro lato : O corão sendo a palavra de Deus, existirá entre eles identificação da língua árabe com a inteligência absoluta.
Esta identificação repete-se em toda língua sagrada como o sânscrito, o hebraico, o grego, o latim, etc.
E este potencial de identificação está presente em todas as línguas derivadas de alguma língua sagrada.
E teologicamente : Deus pode se manifestar através de qualquer língua ou linguagem, pois " o espírito sopra onde quer".
O cabalismo ibérico do zohar se irmana à tradição árabe quando sentencia : "El verbo tomó la forma de los signos del alfabeto, que emanam todos del punto supremo. La letra aleph es el símbolo del princípio y del fin; todos los escalones de la creación están sitetizados en ella".
E como em João : "no início era o verbo, e o verbo era Deus".
E também nos mil nomes da mãe divina (lalita sahasranama ) há um verso que diz que ela está presente em todas as formas das letras.
Portanto a língua e a linguagem, em sua gênese, são sagradas, e ao poeta está disponível este dever prescrito, este chamado profundo, de escrever como quem reza, como quem medita, como quem louva.

Oficina de leitura e escrita no Rio de Janeiro, em escolas, empresas, ou à domicílio. Individual ou grupo. Zona sul, barra, ilha.
guilherme.lessa@yahoo.com.br

domingo, 11 de novembro de 2012

rosário


Rosário Lírico de Maria

Uma escritura lítero - musical sagrada e mística, teológica, discipular e devocional,de ascese e contemplação, como nas tradições espirituais;

Teoria, frases, arpejos, acordes, escalas, cadências, estudos, versos, parágrafos, discursos, formas literárias e musicais, símbolos, alfabetos, línguas, etc.

Com atributos místicos, como nos ragas hindus, como nos cantos gregorianos, como nos pontos cantados de umbanda, como nos orins e orikis afro-brasileiros, como nos haikais zen budista, como nos contos sufis e nas estórias xamânicas, como nas ordens caligráficas místicas islâmicas;

Para ler, ouvir e tocar como quem reza, como quem medita, como quem serve ao altíssimo;

Aulas, shows e gravações : guilherme.lessa@yahoo.com.br

domingo, 4 de novembro de 2012

Laboratório Alquímico das Almas Trovadorescas

A presença de judeus em Espanha vindos do oriente é muito antiga. Esses judeus são conhecidos como sefardís, porque em hebraico Sefarad é como se chama a Península Ibérica. Judeus Sefaradis migraram para Portugal e Brasil no século XVI, e Gonçalves, por exemplo, é um sobrenome sefardí, sobrenome patrocínio,    derivado de um nome próprio, Gonçalo, como o santo português, padroeiro dos violeiros, inclusive no Brasil.
O Brasil é a terra mãe que acolheu e acolhe os hindus, os ciganos, os árabes, judeus, cristãos, com escala em Espanha e Portugal, no transcurso de muitos séculos. Então a transição civilizatória em curso oferece ao Brasil esta oportunidade, ser uma civilização universal, com um lastro histórico multi cultural, de tanta etnias. Um grande terreiro, onde todas as tradições do espírito rejubilam-se em plenitude.
As técnicas de tocar ponteado e rasgueado são comuns ao bandolim, ao cavaquinho, à guitarra portuguesa, á guitarra em espanha, à viola caipira no Brasil, etc. A matriz destas técnicas, entre outras, remonta ao alaúde árabe, sem traste, tocado com palheta (pena de águia, por exemplo).
A palavra troubadour, os poetas músicos franceses, deriva da palavra árabe TARAB, que pode significar inclusive arrebatamento, e este é o dever prescrito (dharma) do músico árabe, e está disponível para o músico brasileiro nesta linhagem supracitada. O arrebatamento, parafraseando um poeta árabe, é quando, diante da manifestação da sagrada beleza sublime da grande obra de arte, mesmo os pássaros, em pleno vôo, se entregam ao divino, extasiados.
Guilherme Lessa Gonçalves dos Santos : aulas, shows, gravações, música, poesia e literatura.
guilherme.lessa@yahoo.com.br

Brasílias

A língua brasileira está impregnada da beleza plástica e acústica dos léxicos árabe, africanos, tupi-guarani, etc. O potencial polissemântico dessas línguas lateja e reluz como ouro dos sábios na língua brasileira e sua cabala já é flor e fruto na poesia, no samba, na mpb, no folclore, nos terreiros afro-brasileiros. O potencial microtonal dessas línguas exorta à música das palavras na língua brasileira, que já tece seus coros (como na hierarquia celeste) nos sotaques regionais, nos falares líricos, autênticos cantos falados, em melodias de timbres vocálicos, percussões consonantais.
A força criativa evolucionária da linguagem é um atributo de Exu, que como ensina Muniz sodré, é "um princípio cosmológico da dinamicidade das trocas, da comunicação e da individualidade, (...) que no sistema nagô, outorga individualidade ao ser humano e lhe permite falar".

Laboratório Alquímico das Almas Trovadorescas
Trata-se de um projeto de pesquisa, criação e ensino conjugado de música, poesia e literatura, para os que buscam um encontro mais profundo com as linguagens. O projeto é viabilizado através de aulas particulares, palestras, oficinas, workshops e curso regular.
guilherme.lessa@yahoo.com.br

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O som é Deus

De acordo com as tradições do espírito e da cultura : o som é Deus manifesto.

domingo, 14 de agosto de 2011

A Música Em Marte Segundo Ramatís

Há diversos trechos arrebatadores neste texto do mestre Ramatís psicografado por Hercílio Maes, é um verdadeiro alento e traz conforto ao espírito para aqueles que buscam na música seu dharma primordial :

" (...) A música, essa voz sonora de Deus essência predominante em todo o Cosmos, é a visão que a alma pode ter na consecução final do seu Ideal - a Angelitude Eterna !"

Sobre o tipo mais evoluído do artista marciano no campo musical :

"(...) O excelso artista marciano que atinge a maravilhosa função de 'médium' puro da beleza sonora dos mundos superiores, atingiu um grau de sensibilidade impossível na vossa concepção. A melodia toma-o como um canal vivo e pousa, exata, no instrumento superorquestral que serve para os grandes momentos sinfônicos. A sua alma tem a transparência do cristal perfeito e abdicou de qualquer emoção pessoal. Vive, única e exclusivamente, para esses momentos santificados de beleza cósmica; é uma existência de absoluto franciscanismo à Harmonia Paradisíaca! Hipersensível, plástico, cristalino e puro, consegue sintonizar-se com a Mente Divina, perdendo o contato físico da forma, diluindo-se na mensagem etérea de sons, para revelar, em absoluto 'transe' angélico, a mensagem excelsa das esferas superiores!"

Sobre a correspondência dos sons e das cores :

"(...) as sete notas musicais correspondem a sete sons e sete cores diferentes e igual a mesmo número de perfumes, temperaturas astrais, densidades e até volumes assinaláveis no éter. (...) O dó é vermelho-fogo e corresponde à vibração física do mundo material; o fá é de um verde-seda e desperta o sentido poético pela natureza terráquea; o si é azul-celeste e se refere ao êxtase, à emoção espiritual (...)".

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O êxtase através da sagrada beleza sublime tem nome no Flamenco : el duende

En muchas ocasiones hemos leído u oído decir definiciones acerca de ese sentimiento o emoción interna que los intérpretes flamencos albergan –aunque no con la frecuencia deseada- cuando interpretan el flamenco.




Algunos estudiosos de la teoría flamenca han configurado denominaciones entorno a este fenómeno. Este es el caso de Carlos Almendros que afirmó que el duende es "una fuerza y misterio que adquiere una manifestación artística, cuando ésta capta el espíritu, produciéndose un particular estremecemiento", Anselmo González Climent dijo "es el momento en el que se percibe la pureza escénica que se desea, es estar en trance, en desborde confesional, es el momento de la perfección artística y de la plenitud humana del cantaor y, por ende, del cante flamenco", Domingo Manfredi Cano escribió, "el duende es una situación en la que el cantaor alcanza los límites del trance y transmite a sus oyentes una carga emocional de tal naturaleza que los arrastra al paroxismo, límite con la locura, es cuando los oyentes se rasgan la camisa a tirones y los hombres más enteros, se secan los lagrimones a manotazos", otra definición fue la de Emilio García Gómez que lo llamó situación-límite o situación psíquica que traducida mediante el tárab, palabra árabe, significa entusiasmo, éxtasis, enajenación, para Alicia Mederos el duende "es algo así como escuchar el rumor del mar en una caracola y sentir que todos los océanos caben en ese espacio mágico de viejísimas melodías".



En mi opinión, el duende es un estado de ánimo en el que el intérprete flamenco se siente como si casi no existiera, es un momento en el que la mente se encuentra despojada de ataduras y vacía de contenido, unos instantes en los que uno no tiene nada que ver con lo que ocurre alrededor y en los que simplemente se contempla de forma maravillada y respetuosa todo lo que sucede, es algo que fluye por si mismo.



El duende es un estado de gracia, en el que la excelencia se produce sin el menor esfuerzo, un estado en el que el intérprete está absorbido por el presente y en el que sus emociones están exentas de represión alguna, más al contrario, estas se activan de forma positiva y se alinean con la actividad que se esta llevando a cabo, bien sea cante, toque o baile.



Abundando un poco más en la definición de este fenómeno, se puede decir que, el rasgo característico de esta experiencia extraordinaria es una sensación de alegría espontánea en la que se produce un cierto rapto de nuestro consciente. Son momentos en los que uno se siente tan bien que resulta intrínsecamente recompensable, un estado en el que el artista se absorbe por completo y presta una atención indivisa a lo que está haciendo.



Cuando se alcanza esta situación la atención se focaliza tanto, que la persona pierde la noción del tiempo y del espacio, es un estado de olvido de uno mismo, una forma de estar en la que uno se encuentra tan absorto en la tarea, que desaparece por completo toda consciencia de sí mismo y en el que se abandonan hasta las más pequeñas preocupaciones de la vida cotidiana.



Los momentos del duende son momentos en los que el ego se halla completamente ausente y en los que el rendimiento es extraordinario, aunque paradójicamente, la persona está completamente despreocupada de lo que hace y su única motivación descansa en el mero gusto de hacer lo que se está haciendo ... cantar, tocar o bailar.





José Maria Parra

Gramática Real da Grande Obra de Arte

As hipóteses estéticas da cor e do som, do verso e da frase :

exatidão matemática com beleza formal, como na obra do grande geômetra;
sintaxe e polissemia como na poesia em sentido lato;
a santidade da oração;
o silêncio interior da meditação

Exemplo : um vermelho exato, nem rosa nem roxo violáceo, mas um vermelho articulado com todo o arco, e dos outros nomes de Íris, o vermelho das chagas do Cristo, o vermelho da imolação...

Gramática Real da Grande Obra de Arte

Naada Yoga, a Yoga do Som
1) concentração : ignorar tudo o que não seja o som, ou o verbo.
2) contemplação : ouvir sem julgar
3) meditação : o som vem do alto como as lágrimas e a graça; o transe criativo.

Gramática Real da Grande Obra de Arte

Lauda, Gradus e Plena,
E seus cantares místico, teológico, discipular e devocional,
Música, Língua e Tradição do Espírito.

O dever prescrito de um músico, prescrito pelos céus, é tocar; tocar a música que lhe arrebata, tocar desapegadamente de seus frutos; tocar até que os céus lhe arrebate, e tudo o que lhe ouve.
Assim como o dever prescrito de um rio, prescrito pelos céus, é fluir até o mar, com tudo o que lhe conflui.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Pandit Ravi Shankar



Palavras do Mestre :
" Different types of music, whether it is vocal or instrumental, eastern ou western, classical or pop or folk from any part of the world can all be spiritual if it has the power to stir the soul of a person and transcend time for the moment".

Tradução : Diferentes tipos de música, seja vocal ou instrumental, oriental ou ocidental, clássica ou pop ou folclórica de qualquer parte do mundo pode ser espiritual se tem o poder de arrebatar a alma de uma pessoa e transcender o tempo.

http://www.ravishankar.org/

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ustad Ali Akbar Khan



Palavras deste mestre do Sarod :

"This music is for everyone. Like fresh air, or clean water. In old times, when the old maestros sang or played instruments in the temple, all the animals, birds, tigers, lions, everything, anyone came to hear the music".

Tradução : "Esta música é para todos. Como o ar fresco, ou a água limpa. Antigamente, quando os antigos mestres cantavam ou tocavam no templo, todos os animais, pássaros, tigres, leões, tudo, qualquer um vinha para ouvir a música".

http://www.aacm.org/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Guitarra e o Sagrado

Filosofando I Publicado em:17/05/2005 por: Mozart Mello
Alguma vez você já pensou que a sua evolução como músico pode estar diretamente ligada a sua evolução espiritual. Não estou falando em religião, culto, crença, devoção......
Não estou falando em virtuosidade (os leigos ficam muito impressionados); em velhas “fórmulas” que ainda funcionam muito bem(um acorde menor + um longo bend + e principalmente uma expressão facial com muito feeling); nos “escudos” (o meu “time” é matador e toco mais de mil frases s/ um II V I ); nos nacionalistas (a música brasileira é a melhor do planeta e os gringos não tem nenhum swingue); nos eruditos (a música popular é tão pobre e primitiva, é ridículo ver 200 mil pessoas cantando e se emocionando com essa mediocridade); os religiosos (essa música “só fala” dos problemas sociais, do desamor, da falta de humanidade e solidariedade, em nenhum momento ela cita o “salvador”, deve ser coisa do..., essas pessoas precisam ser salvas...); dos “proféticos e generosos” (Deus me iluminou, compus essa música, vendi 1 milhão de cópias mas vou doar tôda a renda de “hum“ show para a instituição... e nem faço a questão que a imprensa esteja presente pois essa é a minha missão...); saudosistas (na minha época e que havia música de verdade, agora é tudo um lixo); radicais (aí mano, teu som não tem atitude)...
E aí, cansou ou quer mais uma lista? Vamos “todos” assumir a nossa parcela de culpa em tudo isso e por favor não contem com a minha coerência. Sou apenas um observador como você. Por tudo isso o caminho da evolução espiritual/musical é um caminho solitário é a resposta totalmente individual. É preciso desprendimento; das referências; dos parâmetros; dos acontecimentos. Se desprender do passado não é ignora-lo ou desrespeita-lo e sim aprender a evoluir. Desprenda-se. Tente ampliar ao máximo a sua “bagagem” de aprendizados. Abra novas portas. Não aceite”gratuitamente” novas idéias. Desconfie mas não tenha medo do novo. Questione.Cuidado, muita gente irá desencoraja-lo ou desistimula-lo.
Pesquise sem preocupações com resultados imediatos ou melhor, sem preocupações com resultados. A busca por alimento espiritual/musical é o que importa.É preciso dizer que pensar em “capitalizar” as suas novas pesquisas não é aconselhável.
O músico profissional por exemplo poderá ter muito poucas oportunidades de conciliar o seu trabalho (leia arroz com feijão) com as suas reais buscas. Porém a sua atitude e conduta serão o mais importante. Muitas vezes você acorda muito cedo para uma caminhada, natação ou outra atividade física. O cuidado com a saúde física também é uma “busca” independentemente da sua profissão. Então porque não a busca de saúde espiritual. Uma grande obra. Um tijolo por dia.

Sugestões objetivas (que tenho experimentado)

1-Simplesmente “Compor”.Tente não se prender a estereótipos. Ouse.Tente compor utilizando elementos polirítmicos, outras afinações (violão/guitarra). Imagine uma estória, um fato, uma visão, uma pintura, uma notícia, uma perda, um amor não correspondido, um íntimo desejo, uma pessoa especial, uma entidade... tente expressar esse sentimento, essa sensação tocando / musicando / compondo. Muitas vezes é interessante gravar as primeiras impressões, nelas estarão possivelmente a estrutura básica da composição a ser trabalhada.

2-Tocar “aleatoriamente” de olhos fechados ou no escuro. (melhor ainda). Você pode imaginar ou concentrar-se em várias coisas (como na sugestão 1). Imagine por exemplo um ponto luminoso entre os seus olhos.(terceira visão). Tocar aleatoriamente também é uma técnica para se aprender a utilizar o lado direito do cérebro.(Intuição) Poderemos tratar desse assunto numa outra oportunidade.

3-Respiração. Esse é um assunto muito extenso porém gostaria que você lesse o texto (editado) a seguir do grande mestre Paramahansa Yogananda: ”Os antigos iogues descobriram que o segredo da consciência cósmica se liga intimamente ao domínio da respiração.A força vital,que comumente se emprega para manter a pulsação cardíaca,deve tornar-se livre para as atividades superiores por meio de um método que acalme e detenha as demandas incessantes de espiração. Desatando a corda da respiração que liga a alma ao corpo a “Kriya Yoga” serve para prolongar a vida e alargar a consciência ao infinito.................. Quem dorme torna-se um iogue; todas as noites executa inconscientemente o rito iogue de libertar-se da identificação com o corpo e de fundir sua força vital às correntes curativas no encéfalo e nos seus centros espinhais......... (Em palavras simples quer dizer que respiramos errado quase o tempo todo,não oxigenamos adequadamente o nosso corpo abreviando a vida útil dos nossos órgãos vitais e não utilizamos a respiração para alavancar a nossa evolução espiritual).

4-Simplesmente medite.Pense com carinho ou ore pela sua família,pelo seu trabalho,pela divina música,por qualquer pessoa que esteja precisando,pela natureza,agradeça pela oportunidade de estar vivo e lúcido ou por cada minuto,hora,dia.... vivido.Não tente esconder as suas emoções.Não tenha vergonha das sua limitações e problemas.
ACREDITE.

Arte e Espiritualidade Publicado em:17/05/2004 por: Mozart Mello
A palavra espiritualidade me sugere imagens de Jesus, Buda ou Krishna, ou mesmo a iluminação de santos, anjos, entidades, yogues, extraterrenos. A palavra amor me sugere formas de amor: amor próprio, à natureza, aos filhos, aos animais, a outra pessoa, e amor à arte.
Para mim, a forma de amor para se atingir a espiritualidade é a meditação, oração, doação, desapego, humildade, fraternidade. Penso em Chico Xavier, Ghandi, Madre Tereza, em tantos outros anônimos. Penso também em música, Bach, por exemplo,
Quando penso na ausência de espiritualidade, na ausência de formas de amor, imagino o solitário ser humano contemporâneo e seus anestésicos. Dinheiro, poder, sexo, consumo, drogas, culto ao corpo, culto a inteligência. E também a arte, quando associada a sucesso, ego, manipulação, alienação. Nada mais de que um eficiente disfarce ou “disfarte” para a real intenção.
Qual a verdadeira razão de música ao vivo nos showmícios às vésperas das eleições? Após as eleições os músicos são lembrados? Não se trata de mais uma reclamação, mas somente uma constatação. A polaridade está presente em todo o universo. É uma lei. A arte oscila pelo positivo e o negativo o tempo todo. Cuidado com o seu pré-conceito ou diagnóstico precoce: estamos falando de um planeta maravilhoso, mas karmático, um planeta-escola cheio de anestésicos.

Cena 1
Você está tocando um simples "C" num show de música sertaneja para 70 mil pessoas. Você é um músico virtuoso e talvez doutor em música, tocando apenas um "C". Você está sendo remunerado dignamente e pelo menos 5 mil pessoas estão cantando muito emocionadas, enfim chorando, cada uma por seu particular e íntimo motivo. Corta a cena.

Cena2
Agora você está tocando num festival internacional de Jazz e já está improvisando (virtuosamente) há 8 minutos, e essa é somente a primeira música. Na platéia estão presentes mil pessoas e entre elas, 30 muito emocionadas. Corta a cena.

Cena3
Você está num bar num sábado à noite e a platéia toda está dançando e cantando aquele hit arrasador daquela banda arrasadora. Muita bebida, muita mulher, talvez outras coisas também, enfim, todos parecem felizes. Corta a cena.

Cena4
O teatro é muito grande, até assustador. É apenas o décimo recital do pianista não muito conhecido. Na platéia somente 100 pessoas. A música é espiritual e envolvente, uma música celestial sai daquele pequeno piano, naquele imenso teatro. A música envolve as pessoas presentes, na verdade, menos aquele cidadão que ronca muito na segunda fileira. A música é divina.Corta a cena. E corta a cena. E corta...
Você que esteve em todas essas cenas me diga onde está a arte e a espiritualidade. Eu estava lá também, estava presente, sentindo, pulsando, interagindo, me emocionando, vivendo. Em nenhum momento pensei sobre arte e espiritualidade
http://www.mozartmello.com/
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Círculo de Violões do Rio de Janeiro
O Sitting Matinal
Posted on novembro 19, 2010
Extraído do Diário de Robert Fripp, 01/10/2010.
Traduzido por Gabriel Vidal.
O Sitting Matinal
IO “sitting” matinal (exercício matinal de concentração, realizado sentado), inicialmente e primeiramente, treina a atenção volicional. Nossa atenção se direciona às mais minúsculas e orgânicas energias de sensações, sentimentos e pensamentos. Na hora certa, estas minúsculas energias começam à se unir, desenvolvendo um veículo energético sutil que suporta as nobres qualidades de experiência: física, intelectual e emocional.
Existe uma série de exercícios matinais de gradativos níveis de sutilização que, após um certo tempo, começam a aumentar e substancializar nossa presença pessoal. Isto não é um fim em si mesmo, mas sim, um começo para viver uma vida mais apropriada para um ser humano, para nos ajudar a alcançar o que quer que podemos desejar para nós mesmos. A prática também nos ajuda a responder o que a vida pode pedir de nós.
O “sitting” matinal não é uma meditação: meditação é receptividade ativa. O “sitting” matinal é atividade ativa, enquanto fisicamente parado e externamente imóvel. O “sitting” matinal nos treina em nos manter no lugar, quietos e em estado receptivo: neste sentido, nos prepara para a meditação.
IIDuas Perguntas:Por que praticar o “sitting” matinal?Ao invés disso, por que não praticar violão por meia hora?
1. Antes de nos perguntar para fazer algo, nós começamos perguntando à nós mesmos para não fazer nada. Quando nosso corpo está preparado para não fazer nada quando pedimos à ele, talvez ele fará algo quando o pedimos para tal: integrando e coordenando habilidades motoras especializadas enquanto toca um instrumento musical.
2. Como relaxamento se desenvolve e se aprofunda de tempos em tempos, estados emocionais e memórias fixadas dentro de padrões msuculares e posturas corporais diminuem suas amarras dentro de nós. Nossa história pessoal, trancada dentro de nosso corpo, começa a nos deixar; gradativamente nós nos movemos para o aqui e agora. Gradualmente desenvolvemos um relaxado e engajado sentido de nossa presença pessoal: a vida se torna um pouco mais real.
3. Começamos a distinguir entre o que nós somos e quem nós somos. Por exemplo, descobrimos a distância entre o ruído barulhento da mente agitada, seus comentários mentais automatizados (convencionalmente chamados de pensamento), e quem está escutando-os.
4. A atenção volicional é praticada e fortalecida. Efetivamente, para todas as preocupações práticas, a qualidade de nossa atenção descreve e define quem somos nós, e muito daquilo que aspiramos conquistar em nossas vidas.
Mas estes são comentários apresentados no início da prática. Mesmo assim, ainda como um começo, isto já é uma conquista considerável: é uma fundação para a vida. Quando estabelecida, não há fim para o aprofundamento da prática enquanto ainda respiramos, o exercício matinal nos leva para um sofisticado conhecimento das qualidades e distinções de nossas percepções e experiências: a vida se torna mais rica.
Publicado em Palavras
Com a tag auto conhecimento, consciência, exercícios matinais, guitar craft, guitarra, meditação, morning exercises, robert fripp, violao
Círculo de Violões do Rio de Janeiro Aforismos do Guitar Craft (seminários de guitarra criado e dirigido por Robert Fripp)Posted on junho 18, 2010

Abaixo, estão listados alguns dos aforismos do Guitar Craft.
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Honre a necessidade.
Uma decisão muda o mundo.
Um erro é sempre perdoável, raramente desculpável e nunca aceitável.
Um fim pode ser um encerramento, uma conclusão ou um completamento.
Respostas vêm através do violão.
Qualquer tolo pode tocar algo difícil.
Qualquer coisa dentro de uma performance é significativo, seja intencional ou não.
Assuma a virtude.
Nós começamos onde estamos.
Antes de fazer alguma coisa, não fazemos nada.
Antes de se mover de A para B, melhor sabermos que estamos em A.
Defina o objetivo de forma simples, clara, sucinta, positiva.
Se podemos definir nosso objetivo, estamos na metade do caminho de alcança-lo.
Comece com o possível, e mova gradualmente em direção ao impossível.
Melhor estar presente com uma nota ruim do que ausente de uma boa nota.
Tenha muito cuidado com o início.Então, tenha muito cuidado com o fim.Então, tenha muito cuidado com o meio.
Mude uma parte pequena e o completo é modificado.
Comprometimentos devem ser honrados.
Dispense o superfluo.
Não seja prestativo, seja disponível.
Cada parte faz o trabalho desta parte, e nada mais.
Abandone a preocupação em tocar a nota correta. Então, toque a nota correta.
Tudo que nós somos é revelado em nossa música.
Expectativa é uma prisão.
Bom hábito é necessário, mau hábito é inevitável.
Escutar transforma som em música.
Como seguramos nossa palheta é como organizamos nossa vida.
Se podemos perguntar nosso corpo para não fazer nada durante meia hora, talvez possamos pedir ao nosso corpo para fazer algo por meia hora.
Ao afinar uma nota, afinamos nós mesmos.
É difícil exagerar o poder do hábito.
A vida é muito curta para nos comprometer com o que é desnecessário.
Ouvir é como comemos a música. Escutar é como a digerimos.
Música muda quando alguém a escuta.
Música é o silencio, cantando.
Perfeição é impossível. Mas eu posso escolher servir perfeição.
Relaxamento nunca ocorre por acaso.
Sofrimento é a experiencia resultante da distancia de onde nós estamos e o que desejamos nos tornar.
O futuro é o que o presente pode suportar.
O músico possui três disciplinas: as disciplinas das mãos, da cabeça e do coração.
A única contribuição que fazemos é a qualidade de nosso trabalho.
O artista não pode esconder nada, nem mesmo a tentativa de esconder.
A pergunta é a resposta.
Não há erros, exceto um: a incapacidade de aprender com um erro.
Confie na música.
Torne uma aparente desvantagem em sua vantagem.Quanto maior a aparente desvantagem, maior a possível vantagem.
O mais simples é o mais difícil de assimilar de forma sublime.
http://www.circulodevioloesrj.worpress.com/
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Lulla Oliveira, guitarrista brasileiro, extraiu cantigas sacras tradicionais do Candomblé e incorporou ao tema releituras inéditas e sofisticadas no álbum Makumba de Butique Sonora.
www.myspace.com/lullaoliveira

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A banda yes, do guitarrista steve Howe, gravou o disco Tales from Topographic Oceans inspirado no livro Autobiografia de um Yogue, do mestre hindu Paramahansa Yogananda.
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John Mclaughlin falando sobre sua influência espiritual (http://www.johnmclaughlin.com/)

60 years old

For the last 10 years I have systematically revised all my spiritual influences. They remain a constant inspiration to me. They are primarly:
- Karen Armstrong and her affection for the mystic dimension of Islam and the Sufis. One can hear the beauty of this dimension in the Qawwali music of the Rizwan-Muazzam group, or the even better known, Nusrat Fateh Ali Khan recordings.
- The writings of Carlos Castaneda on the subject of Don Juan and Don Gennaro.
- The translations of the great Taoist, Chuang Tzu by Father Thomas Merton, himself a great inspiration to me.
- The works of D.T. Suzuki on the subject of Zen and the Japanese Mind.
- D.E. Harding with his writings on the true nature of the Universe and Consciousness.
- Aldous Huxley, especially his treaty on Religion and Politics in the book ¬Grey Eminence¬
.- The Chan poetry from China from the 6th to the 17th centuries.
- The sayings of Ramana Maharshi.
- The sayings of Sri Ramakrishna and his most celebrated disciples : Brahmanada and Vivekananda.
- Fritjof Capra and ¬The Tao of Physics¬.
- Last but by no means least, the great Alan Watts and his works on the elucidation of Zen for the Western mind, and his other works on Asian thought.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Indian Mandolin by U Srinivas


Srinivas pertence à uma família de músicos indianos, e seu irmão e seu pai o acompanham nos concertos. Ele introduziu o bandolim (mandolim para os norte americanos) na música clássica indiana do sul, chamada carnática. Ele sempre reza antes de tocar, e como todo músico indiano, a música para eles é uma prática espiritual. Srinivas quer divulgar a música carnática pelo mundo através do bandolim. É mais um exemplo de que a música indiana pode ser tocada por instrumentos ocidentais.

John McLaughlin - zakir hussain. - Shakti


Músico de formação jazzística partícipe da milenar música sagrada hindu, corroborando o axioma dos Rishis : "Não há religião superior à verdade". As musas da beleza sublime não conhecem fronteiras geográficas ou culturais.

A influência espiritual de John McLaughlin por ele mesmo (www.johnmclaughlin.com) :

For the last 10 years I have systematically revised all my spiritual influences. They remain a constant inspiration to me. They are primarly:

- Karen Armstrong and her affection for the mystic dimension of Islam and the Sufis. One can hear the beauty of this dimension in the Qawwali music of the Rizwan-Muazzam group, or the even better known, Nusrat Fateh Ali Khan recordings.
- The writings of Carlos Castaneda on the subject of Don Juan and Don Gennaro.
- The translations of the great Taoist, Chuang Tzu by Father Thomas Merton, himself a great inspiration to me.
- The works of D.T. Suzuki on the subject of Zen and the Japanese Mind.- D.E. Harding with his writings on the true nature of the Universe and Consciousness.
- Aldous Huxley, especially his treaty on Religion and Politics in the book ¬Grey Eminence¬.
- The Chan poetry from China from the 6th to the 17th centuries.
- The sayings of Ramana Maharshi.
- The sayings of Sri Ramakrishna and his most celebrated disciples : Brahmanada and Vivekananda.
- Fritjof Capra and ¬The Tao of Physics¬.
- Last but by no means least, the great Alan Watts and his works on the elucidation of Zen for the Western mind, and his other works on Asian thought.

Raga guitar and Jazz - Ragabop- Prasanna

A arte é o altar da linguagem, oriente e ocidente conciliados em uma linguagem musical sublime, arrebatadora, em um patamar de excelência.

Ragamorphism - Prasanna plays raga alapana of Thodi


Prasanna encarna um antigo ideal de conciliação do oriente com o ocidente, de conciliação da arte com a espiritualidade, demonstrando a possibilidade de tocar ragas em um instrumento ocidental, com trastes, e mesmo assim obter os microtons da música indiana. Visitem tb www.myspace.com/guitaristprasanna e www.guitarprasanna.com

Camarim

Pequena câmara, usada para concentração antes de uma performance. Local adequado para meditação, para realização de práticas espirituais que conduzam ao estado de consciência de criação artística. No camarim o artista - devoto - discípulo, através de práticas espirituais, pode receber a graça de se conectar com a hierarquia espiritual que atua na esfera da arte e da beleza. Essa hierarquia é chamada pelos hindus de Gandharva, pelos místicos cristãos de Querubins, e os cabalistas se referem `a esta esfera de atuação divina como Tiferet. Mestre Serápis é considerado o regente desta atuação em algumas tradições. A iconografia cristã demonstra exotericamente esta doutrina através de seus desenhos, pinturas e esculturas dos anjos músicos

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Paganini de Delacroix


"(...) é assim como Paganini, que transmitia a sua alma de virtuose nas melodias geniais do seu violino, que vibravam na atmosfera do mundo profano! O seu pensamento musical, silencioso mas genial, criava vida através do instrumento musical, eliminando as barreiras entre o exterior e o interior da alma (...)"
Ramatis

domingo, 8 de agosto de 2010

o som da alma

Segundo várias tradições a alma, diferente do espírito que é imutável, é de natureza musical, isto é, rítmico vibratória. Os diferentes estados de que é suscetível aparecem como diferentes formas vibratórias de uma mesma substância, luminosa e sonora ao mesmo tempo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tocar como quem ora

Play is pray
Jouer est prier
Spielen ist lauten

a música e as escrituras sagradas

A música ocupa um grande espaço no antigo Testamento onde são mencionados, repetidas vezes, os instrumentos (trompete de prata, harpa, tamborins, flautas e cítaras) que acompanham procissões, festas e sacrifícios.
Salmos : do grego psalmos, que designa um poema destinado a ser cantado com acompanhamento de instrumentos de cordas.

Salmos 33, 1-3 :

“Clamai, ó justos, a Javé! Louvor aos justos!
Louvem a Javé ao som da lira, celebrai-o com a harpa de dez cordas!
Entoai-lhe um cântico novo!
Harpejai com destreza entre aclamações!

68, 25-26 :

“Vemos, ó Deus, a Tua procissão, entrada de meu Deus e Rei do Santuário :
Os cantores à frente, seguem os músicos; no meio, as donzelas tocando tímpanos”.

71, 22-23 :

“Por isso, também celebrarei nas cordas do saltério a Tua fidelidade, ó Deus! Quero tocar a cítara em Tua honra, ó santo de Israel!
Exultem meus lábios, enquanto harpejo em Tua honra, e exulte minh’alma que libertaste”.

81, 2-4 :

“Dedilhai harpas e tocai címbalos, cítaras harmoniosas e também liras!”

92, 2-4 :

“Bom é agradecer a Javé, cantar Teu nome, ó Altíssimo, proclamar de manhã Tua bondade, e à noite, Tua fidelidade, com a lirade dez cordas, a cítara e ao som das melodias da harpa”.

108, 2-4 :

“Meu coração firme está, Deus! Cantarei e salmodiarei! Desperta, minha glória! Despertai , harpa e cítara! Acordarei a aurora!”

a inspiração e o sagrado

Qual a causa primária da inspiração ?
“O espírito que se comunica pelo pensamento”.
Um autor, um pintor, um músico, por exemplo, poderiam, nos momentos de inspiração, ser considerados médiuns ?
“sim, porquanto, nesses momentos, a alma se lhes torna mais leve e como que desprendida da matéria; recobra uma parte das suas faculdades de espírito e recebe mais facilmente as comunicações dos outros espíritos que a inspiram”
Allan Kardec (O Livro dos Médiuns)

Os homens de gênio, de todas espécies, artistas, sábios, literatos são sem dúvida espíritos adiantados, capazes de compreender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os julgam capazes, é que os espíritos, quando querem executar certos trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias e assim é que eles, as mais das vezes, são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, vaga intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. (...)
Allan Kardec (O Livro dos Médiuns)

a música e o sagrado

como na arte sacra budista, que oferece a obra de arte como oportunidade de acesso `a transcendência,
como os velhos da cabala que consideram as eternas emanações da beleza sublime como uma das manifestações do sagrado,
como no Cristianismo esotérico que designa a música e a poesia como atividades das hierarquias celestiais, ressaltando o papel das musas e dos anjos para a glorificação do divino através da ação da música,
como os hindus que professam que “ o som é Brahman”,
como os ciganos que ensinam que “A arte é o altar da linguagem”,
e numa perspectiva helenista, a obra de arte como “suporte de uma experiência numinosa”.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Grande Obra de Arte

A Grande Obra de Arte é a obra da alma, que surge do silêncio interior.
É a urgência da criação, a busca do sagrado na arte, experienciar a estética a partir do sagrado, e buscar o sagrado na experiência estética através da arte.
A Grande Obra de Arte é o Tao da Arte, o discurso inefável da alma.
A arte é o altar da linguagem.
" L'ame pleure comme l'esprit parle ou la voix chante, c'est lá en quelque sorte sa fonction naturelle" .
em timbre brasileiro lato : A alma chora como o espírito fala ou a voz canta, esta é de qualquer maneira sua função natural.

Encruzilhadas

Na Grande Obra de Arte podem cruzar-se em reconciliação :

+ o erudito e o popular e o folclórico
+ o verbo da obra de arte ou o seu mistério
+ o som da obra de arte ou o seu silêncio
+ a luz da obra de arte ou a sua sombra
+ arte sacra e profana : o sagrado manifesto no mundo, além do templo, tornando o mundo um lugar sagrado de novo, como em sua gênese
+ a escrita e a improvisação
+ o lúdico, o poético e o sagrado
+ o oriente e o ocidente
+ disciplina de estudo e fluxo contínuo de criação
+ a diversidade cultural correspondendo 'as diversas moradas da alma, e porque as musas da beleza não conhecem fronteiras geográficas, culturais ou disciplinares
+ a escala musical como um arquétipo cultural, segundo a psicologia das profundezas (Yung)

Dharma da Grande Obra de Arte : Dever Prescrito

" O dharma do fogo é queimar"

+ Saddhana : prática espiritual : união mística com o divino
+ manifestação da beleza sublime como emanação do Criador
+ evolução da linguagem
+ unir de novo as tradições espirituais e as tradições culturais

Projeto Editorial

Alle Gaia (Outra Terra, em latim vulgar) é :
Lauda, Gradus e Plena
Um almanaque pós-disciplinar
Um manifesto holístico universalista
Um tratado das polaridades reconciliadas
Uma gramática das nove musas
Uma iniciativa que articula pesquisa, criação e ensino
Atelier, Estúdio, Agência, Clínica, Laboratório

Alle Gaia é dedicado a Sri Bhagavan Ramakrishna Paramahansa